sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Dar ouvidos à quem?

Recentemente, fomos criticados pela facilidade com a qual damos ouvidos ao que os outros falam ao nosso respeito, sobretudo quando nos sentimos depreciados pelas palavras proferidas em nossa direção. Ao valorizarmos excessivamente o que fora dito, corremos sério risco de termos nossa estima abalada e daí para um processo depressivo é um pulo. 

A partir deste ponto, para restabelecermos nossa harmonia, começamos a gastar uma energia que poderia estar sendo utilizada para fins produtivos. Perdemos muito tempo tentando desmistificar o que assimilamos como verdade, o que parece ser muito difícil.

Neste raciocínio, podemos, por analogia, ter a mesma compreensão para aqueles pensamentos que nós mesmos criamos sobre nós, ou que permitimos que nos sejam sugeridos. O trabalho para recuperação do ser é igualmente necessário, como aquele que acontece quando ouvimos de alguém.

Este desvio de energia "produtiva" afeta nosso desempenho em outros segmentos de nossas vidas e acabará por criar mais problemas que se relacionarão pela falta de ação ou de efetividade naqueles compromissos que assumimos ao longo de nossa jornada: família, emprego, trabalhos sociais, atividades de cunho moral e espiritual e etc.

Em outra postagem neste blog (Explicar o que? Pra quem?), mencionei que precisamos saber quem verdadeiramente somos e o que queremos. Isto verificado, servirá de argumento sustentável para não nos permitir abalar por palavras que nunca, em momento algum, acrescentarão algo para nossa vida e nossa evolução. É preciso que tenhamos muita convicção naquilo em que acreditamos que somos e o que fazemos. Cada um deve ser juiz de sua própria causa. Todavia, lembremo-nos que um julgamento errado, ainda que feito para avaliar nosso próprio proceder, resultará em mais erro.

Assim, sejamos justos para não permitirmos que nada nos faça perder o tempo sagrado e nem a energia criadora que nos fora dado para prosseguirmos em nossa jornada terrena, a fim de que honremos nossos compromissos firmados lá e cá.

Para tanto, mantenhamos o constante exercício de estar devidamente equilibrados e harmonizados conosco e com o Deus, fonte inesgotável de tudo o quanto precisamos para não perdermos o nosso valor na real arte de viver.
Fé e confiança!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.
www.hablacostarica.com



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ciência e Sangue

Dias desses, nossos irmãos nos trouxeram uma mensagem com o seguinte título: "Elevai-vos pela ciência e purificai-vos pelo sangue".

A ciência terrena já nos  confere um certo conforto. Mas é só! Para enfrentarmos as dificuldades existentes neste Plano, toda matéria produzida pela tecnologia atual nos auxilia; todo avanço científico no campo da Medicina tem propiciado melhor condição de vida. Mas, é só!

Acredito que não se tratara desta ciência "tecnológica" da qual o Mestre se referia, mas da Ciência Oculta que compreende toda a Divina Lei, e que esta mesmo nos dá ciência a todo instante. Infelizmente, muitos não percebem.

Para aqueles que desejam ascender espiritualmente, o Mestre nos ensina que deveremos amar à DEUS acima de todas as coisas, e ao próximo como à si mesmo. 

Assim, para realizarmos qualquer tarefa, mesmo esta ensinada pelo Irmão Jesus, primeiramente, precisamos ter o conhecimento. Então, se a atividade é espiritual, precisamos ter acesso e esclarecimentos para absorvermos as Divinas Leis. Todavia, embora a ciência nos eleve, ela, por si só, não produzirá coisa alguma. 

O conhecimento pode ser comparado à uma molécula e deve estar em movimento e são as ações que propiciarão isto. Serão nossos atos que orientados pelo conhecimento que nos purificarão.

Dito isto, façamos uma reflexão acerca da inter-relação entre  o saber e o fazer. Imaginemos a consequência de alguém querer fazer algo sem a devida propriedade, sem saber exatamente como fazer. Decerto o resultado será desastroso, fruto de uma ação irresponsável e inconsequente. Por outro lado, aquele que sabe como fazer e não o realiza, como poderia ser qualificado? Preguiçoso? Omisso? 

Meus irmãos, a ciência e o sangue devem andar juntos. Os estudos nos elevam e regeneram, porém as práticas nos dão o passaporte para os portões da evolução moral e espiritual. A estagnação evolutiva provocada pela inércia de nossas ações apenas prejudica à nós mesmos, retardando nossos passos na direção do Criador, de outra orbe, dimensão ou do fim em que acreditamos.

Então, conhecermos como as coisas Divinas funcionam é condição necessária para amar ao próximo e a si mesmo. Habitamos este pequeno planeta para servir e precisamos fazê-lo bem. Nossos irmãos precisam de nós, assim como precisamos deles.

Trabalhemos, pois, meus irmãos!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

Anjosdeluz.org

Pobres de espírito??

"Bem-aventurados os pobres de espíritos, pois deles é o reino dos Céus" (Mateus, 5:3). Estas palavras podem ter um sentido estranho para alguns e, por isso, desejo falar um pouco delas. 
 
Ao referir-se aos pobres de espíritos, Jesus não tratava dos desprovidos de inteligência, mas dos humildes.

Em nossa volta, muito facilmente, não observamos pessoas com alguma graduação, os doutores na Terra, que mais se comportam como se reis fossem? Uma soberba, uma vaidade exacerbada pelo ter! Um pensamento de que, por estarem nesta ou naquela posição "superior", devem ser servidos pelos que encontram-se em posição "inferior".

Meus irmãos, não é o que temos que ditará o nosso futuro, mas o que somos!

Em Mateus, capítulo 20, entre os versículos 25 à 28, Jesus afirma aos seus discípulos que "Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, (27) e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. (28) Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.

Assim, meus caros irmãos, a virtude está no servir e não no ser servido. Não há pecado em se ter ouro, moedas e outras riquezas, ter muitos e muitos diplomas. O problema reside no uso que se faz desses metais e do conhecimento adquirido, assim como no comportamento que se estabelece com o nosso próximo com relação à essas causas.

Algumas vezes me pegava criticando essa ou aquela pessoa porque não faziam essa ou aquela coisa. Me irritava porque eu mesmo acabava por fazer aquilo que outro não havia feito. Agora, irritar-me com o que? Não acabei de escrever que existimos para servir e não para sermos servidos? 

Algumas vezes, me peguei meditando acerca de missões ou tarefas que nos parecem delegadas pelo nosso DEUS (familiares com doenças severas ou necessidades especiais; arrimos de família; etc), e que parecem não ter um fim. E aí, imaginava, quando eu desencarnasse, o que ocorreria com aquela missão? A resposta que encontrei foi que devo realizar o melhor possível, dia após dia. Somente assim, acredito, terei a consciência plena de que nada ficou por fazer.

Por fim, deixemos a vaidade e a presunção de lado, sirvamos sempre e façamos o melhor que pudermos. Lembremo-nos que nosso maior Mestre não economizou em nada para nos deixar exemplos, em atos realizados por Ele próprio, do que deveríamos fazer para sermos convidados à sentar ao Seu lado.

Fiquem com DEUS!!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

thiagoteodoro.wordpress.com

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Esperar ou não esperar?

Lí num livro, certa feita, que uma das principais causas dos conflitos existentes nas relações interpessoais é o fato de esperarmos que o outro aja da forma como imaginamos ser o ideal. Pensei sobre a questão e, rapidamente, tive o entendimento semelhante. Mas, por que levei tanto tempo para compreender isto? Logo eu que penso tanto na minha vida e nos fatos que que giram na minha órbita! A resposta é simples: porque, comumente, nos prendemos a superficialidade de nossas próprias avaliações e, não raro, nos defendemos afirmando que se alguma coisa não deu certo foi porque essa ou aquela pessoa não fez a sua parte. Ou seja, a culpa sempre é de qualquer pessoa, menos nossa.

Fiquei analisando alguns casamentos onde o homem ou a mulher já decide entrar no relacionamento visando o que o candidato a cônjuge teria para oferecer e que poderia ser útil. Em outras palavras: "o que se pode extrair do outro?". Não se busca uma relação sólida com desejos de agregar: "o que eu tenho para oferecer para ele/ela?". 

Como este movimento não se dá pela nossa vontade mas sempre pela do outro, acabamos por nos contrariar, decepcionando-nos. Ficamos esperando por comportamentos e atitudes que as pessoas não estão, ainda, prontas para terem. Isto se aplica para todo e qualquer segmento das nossas relações interpessoais: profissionais, amorosas, familiares, etc.

A saída que encontrei para minimizar este efeito negativo nessas relações consiste em não esperar, absolutamente, nada de ninguém. Pode não ser a alternativa ótima, mas foi a melhor que pude achar. Mas, aí, os historiadores, sociólogos e demais doutores das Ciências Humanas poderão dizer que nós existimos para viver em sociedade e em regime de interdependência: um precisa do outro. E eles estarão certos com esta eventual afirmativa. Apenas sugiro a inversão do sentido onde, ao invés de precisarmos do outro, nos colocaremos à disposição para ajudar. Neste sentido, se cada um internalizar que existe para servir, todos nós, em algum momento, seremos servidos. A questão nada tem a ver com não pedir a ajuda, mas, sim, em saber compreender que aquele não poderá lhe socorrer naquele momento. Aí, continuar-se-á procurando alguém que possa lhe tirar do sufoco e, enquanto este agente não for identificado, ou a tarefa continuará sendo desenvolvida por nós mesmo ou ela ficará em stand by.

O assunto é difícil, sobretudo, porque somos movidos pela cultura do "faça-se!" e por nossa própria imperfeição em compreender que todos possuem o Livre Arbítrio que lhes concede o direito do não fazer. Como cada ser possui a sua verdade (e nem sempre será idêntica a do outro), o que é prioritário para um poderá não ser para o próximo. Então deixemos de esperar pelos outros!

Mas, acredito na nossa capacidade evolutiva. Portanto, chegará o dia em que eu não mais me aborrecerei com o preguiçoso ou com o egocêntrico ou com o insensível, que não fez a parte dele.

Por enquanto, façamos nós a nossa parte!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.
Fonte: www.gilmarduarte.com.br

sábado, 4 de julho de 2015

OLHOS DA ALMA

No último Evangelho no Lar que realizamos, trouxeram-nos de volta um assunto que fora denominado como "olhar com os olhos da alma".
Notadamente, somos diligentes em realizar críticas sobre tudo o quanto podemos enxergar, sentir ou ouvir. Assim o é para a natureza humana. 
Todavia, vemos, também, grande dificuldade em criticarmos à nós mesmos para entendermos que os erros e as falhas, às vezes, não estão nos outros que nos cercam. Muitos ainda sofrem até para conseguir se perdoarem. E a pergunta foi: por que isto ocorre? Bem, nossos sentidos são ferramentas excelentes quando o assunto é terreno ou material. Nosso olho físico, por exemplo, por sua estrutura ótica, capta apenas aquilo que está ao seu alcance. Ou seja, ele não enxerga para dentro, mas para fora. E a mente só pode processar aquilo que foi enxergado. Óbvio, não é?
Só que, olhar com os olhos da alma, que é o objeto do estudo, vai além do que descrever aquilo que simplesmente se vê.
No capítulo 13 do Livro de Mateus, nos versículos de 10 ao 14, tem o seguinte trecho:

O PORQUÊ DAS PARÁBOLAS
Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que lhes falas em parábolas?”
11Ele respondeu: “Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não.
12Pois a quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem.
13Por isto eu lhes falo em parábolas: porque olhando não enxergam e ouvindo não escutam, nem entendem.
14Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Por mais que escuteis, não entendereis, por mais que olheis, nada vereis.
Ora, Jesus falava em parábolas porque, à exceção de seus Discípulos, os demais seguidores não estavam prontos para compreender as coisas das quais Ele falava. Se não entendiam das coisas terrenas, como esperar que pudessem entender as coisas de Deus? Mas como se dá esta compreensão? Vejamos o Evangelho Segundo o Espiritismo o que ele nos traz no seu capítulo 18, na Instrução dos Espíritos "Será dado àquele que tem".



 "...Tira-se daquele que nada tem, ou tem pouco; tomai isso como um ensinamento figurado. Deus não retira de suas criaturas o bem que se dignou a fazer-lhes. Homens cegos e surdos! Abri vossas inteligências e vossos corações; vede pelo Espírito, entendei pela alma, e não interpreteis de uma maneira tão grosseiramente injusta as palavras d’Aquele que fez resplandecer aos vossos olhos a justiça do Senhor. Não é Deus que retira daquele que recebeu pouco, é o próprio Espírito
que, dispersivo e descuidado, não sabe conservar o que tem e
aumentar, na fecundidade, a dádiva semeada no seu coração."




Bom, então o exercício é meditar naquilo que está além dos sentidos, além da compreensão "mundana". Precisamos, verdadeiramente, olhar para dentro de nós, criticando as nossas ações, nossas palavras, atitudes... De maneira pedagógica, veja que a alma, aquilo que dá vida à matéria, não possuindo limitações físicas, pode enxergar tudo o quanto foi, é e será.



Então, meus irmãos, olhemos com os olhos da alma. Só assim, entenderemos o que significa estar vivo.

Fiquem com Deus.


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.
Аудиозаписи диктовок за декабрь 2014 г.r









quarta-feira, 3 de junho de 2015

O preto no branco.

O tempo passa...! Muitas pessoas afirmam que "vivemos em outros tempos!"
É verdade. Vivemos noutros tempos, mas com os mesmos vícios e desejos. Meu saudoso pai já me dizia que a humanidade, em pleno século XXI, continua embrutecida como na Antiguidade: os homens lutam por poder; irmãos matam irmãos; homens roubam e saqueiam; mata-se por vingança; sacerdotes mentem para seus fiéis seguidores; fiéis mentem para si e para seu Criador; e quase tudo é comprado (o que não se puder comprar, toma-se na marra!). Segundo ele, a única coisa que evoluiu ao longo dos séculos foi a tecnologia e a medicina, a segunda de carona com a primeira.

Quer saber? Ele tinha razão!

Em todas as esferas de nossas vidas, verificamos situações que nos deixam com vergonha alheia. Por exemplo, não entendemos porque colegas detonam-se, uns aos outros, para conseguir aquela função gerencial; o porque de um sacerdote insistir que, para o cristão ser batizado nessa ou naquela igreja precisaria se despir de suas jóias, deixando-as para a Congregação; o porque pessoas que são eleitas pelo povo e para o povo se deixam corromper; o porque, dentro de uma mesma família, seus membros se degladiam por herança; Fraternidades onde o ambiente é o menos fraterno possível, onde prevalece a disputa por um poder mesquinho;... O resultado mais comum destas atitudes são pessoas pedindo demissões ou transferências de trabalhos porque o ambiente é de difícil convivência. No campo religioso, os discípulos se afastam da Igreja com a idéia de que, se lá que é um lugar santo o sacerdote parece um coletor de impostos... Alguns políticos trocam de Partidos porque não admitem participar de manobras obscuras. Na família, "é melhor eu afastar-me deles". Nas Fraternidades, fecham-se as portas e jogam-se fora centenas de anos de tradição.

Agora, vejamos, imaginemos que somente há sombra porque existe a luz. Quando cessar a luz, a escuridão tomará conta de tudo. Assim ocorre em qualquer segmento de nossas vidas. Quando cansamos de atuar em função dos desvios de conduta de outros elementos, é como se desistíssemos de defender aquilo em que acreditamos. É como entregar o ouro ao bandido. 

De todos os exemplos que citei, tomemos um único para não tornar muito extenso este texto.

Imaginemos que, dentro de uma Congregação de pessoas livres, onde a prática da caridade é a principal atividade e, nesse lugar, aproveitemos para nos aprimorar moral e espiritualmente. Pois bem, se todos aqueles que acreditam que tem algo de bom para oferecer se afastarem dessas atividades tão bem vistas, sob o pretexto de que já não suportam o comportamento desregrado, vaidoso e cheio de soberba de um membro ou de um determinado grupo, o que restará? O que sobrará para aqueles que esperam pelas ações caridosas? É como se todas as árvores fossem derrubadas e o ar não pudesse mais ser renovado. Sem as luzes, só há trevas e desequilíbrio. O contrário também é verdadeiro. Pensemos num tabuleiro de xadrez: é possível jogarmos só com as peças brancas ou pretas? Um precisa do outro para coexistir.

Por isto, não permitamos que apaguem a nossa chama! Não nos envergonhemos pelo comportamento alheio, mas tenhamos paciência com tudo. Até porque, eu mesmo sou carregado de vaidade...


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Problema meu...!!

Observando meus problemas, que não são poucos (sempre pensamos assim!!), e dando uma rápida olhadela ao meu redor, constatei que todos a quem observei estão passando por algum tipo de problema muito difícil. Parece óbvio dizer isto, se ratificarmos a afirmação de que todo mundo tem alguma dificuldade. Mas, o mais impressionante, é que quase todos problemas verificados estão ligados ao dinheiro: débitos, ações judiciais, queda de rendimentos, ...

Estes listados acima, somados aos muitos pequenos problemas já existentes, apenas fazem engrossar o caldo, desequilibrando qualquer ser humano. Se você possui um problema de saúde na família e, momentaneamente, se encontra com restrições financeiras: problema piorado; Se você está com problemas no trabalho e sua situação financeira não está favorável: mais problema piorado; Se você, após dez anos de casado, está tendo problemas de relacionamento com seu cônjuge e está sem grana: agora a coisa ficou feia! Mas não é sobre a falta de dinheiro que desejo escrever. Assim, deixemo-lo de lado.

A falta de visão periférica nos leva a pensar que os nossos problemas são os piores do mundo. Todavia, basta um passeio pelo Centro da cidade ou folhear os jornais que poderemos perceber o quanto somos egocêntricos. Neste egocentrismo, alguns atribuem à Deus a culpa por seus desacertos. Outros, mais céticos quanto a existência de uma força superior, passam muito tempo lastimando-se e vociferando contra à vida.

Para os primeiros, eu diria que Deus criou tudo mas deixou ao ser humano o direito de decidir o que quer para si. Para o outro grupo, falaria que a vida é apenas a vida.

A questão é que os dois grupos precisariam compreender que cada um é responsável pelo resultado que sua vida lhe oferece. Erros e acertos irão acontecer a todo momento e, somente assim, vão se acumulando as experiências de vida e na vida. Ninguém gosta de errar ou o faz propositadamente. Desde pequenos somos orientados a não errar: não fazer certo é errado! Mas, quase nunca vejo alguém dizer: aprenda com seus erros e evolua! Os problemas, tidos como resultado de algo que não fora feito corretamente, tem por objetivo único nos fazer evoluir.

No Evangelho Segundo o Espiritismo há uma sentença que diz que o militar que não participa no front não é condecorado ou não tem sua patente elevada. Em outras palavras: é necessário participar da guerra, entender e enfrentar o problema...

Para alguns (e eu recomendo), a oração, meditação ou concentração ou o nome que desejem dar à elevação do pensamento num grau superior ao que praticamos no quotidiano, ajuda, sobretudo aliada à fé, à convicção do que se quer.

Portanto, nossos problemas não são maiores ou menores do que os dos outros. São apenas os nossos problemas que precisam ser solucionados com fé, inteligência, humildade, perseverança e dignidade.
E mais uma coisa: como já dito em outra oportunidade, PRESTEMOS MAIS ATENÇÃO AO NOSSO REDOR. 


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.
Imagem: 2bp.blogspot.com

terça-feira, 21 de abril de 2015

Explicar o que? Pra quem?

Quando da minha adolescência, irritava-me ao me ver obrigado a ter que dar satisfação de tudo para todos. Ter que explicar porque fiz ou não fiz algo. Dizia comigo mesmo que não deveria provar nada para ninguém. Não me via com esta obrigação.

Hoje, percebo uma pequena mudança. Continuo pensando que não tenho que provar nada para ninguém, todavia, as explicações precisam ser dadas,.. Desta vez, sem a pretensão de convencer a quem quer que seja.

A maioria das pessoas tendem a fazer valor de todo mundo e muitos desses valores estão aquém do valor real de determinado indivíduo. Por isto, e só por isto, as coisas precisam ser esclarecidas. Não se admite que elaborem-se ideias acerca de algo sem que se conheça, pelo menos, dois pontos de vistas. Porém, cabe ao ouvinte ou pesquisador, dentro de seu universo mental, tirar suas próprias conclusões.

Verdadeiramente, é preciso que se exponha com clareza e sinceridade, tudo o quanto for possível explicar. Entretanto, a pior parte (e igualmente inaceitável) é querer fazer as pessoas acreditarem no que se é relatado!

Decerto, tudo o que disse até aqui só tem validade se o indivíduo for sincero consigo mesmo. Assim, haverá convicção suficiente para qualquer afirmação e sem nenhum peso de consciência.

Agora, precisamos ter cuidado para não nos sabotarmos. Muita atenção ao que vai dentro de nós mesmo. A mentira parece exalar um odor que todos sentem. Muitos tentam enganar aos outros, se enganando. Tenham paciência...!! 

É preciso que saibamos quem somos, o que queremos e o que sentimos. Sejamos, nós, juízes de nós mesmo, para que não nos incomodemos com o ajuizamento dos outros.

Avaliemo-nos, constantemente!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Salmo 91

Incrível a forma com a qual o salmista proclama sua fé em nosso DEUS!!!
No Salmo 91, ele declara que nada temerá, que andará sem medo,...!
Nunca, no decorrer de meus quase 46 aninhos, experimentei ler algo que me passasse tanta emoção. Sua confiança em DEUS é impressionante!

Agora, escrevendo estas linhas, lembro que, no último Evangelho no Lar, fora mencionado acerca da estranheza com a qual observamos este tipo de demonstração de fé. Às vezes, fazemos tantas juras de amor ao cônjuge, aos irmãos, ao namorado ou namorada, aos pais... Falamos de confiança com nossa equipe de trabalho, gestores, amigos, vizinhos,... E, quase nunca, esta confiança é verdadeira, sendo dita, apenas, para contarmos com a colaboração daqueles.

Entretanto, quando nos referimos à DEUS, eu, pelo menos, tinha o hábito de olhar para cima, em minhas preces, como se ELE fosse algo, alguém ou alguma coisa que estivesse longe de mim. Fosse uma Divindade inatingível em que eu precisasse, para obter alguma graça, recorrer ao segundo ou terceiro escalão. Mas, não é nada disto. ELE está mais perto de nós do que possamos imaginar. ELE está dentro de nós! Somos criação divina e somos carregados da Energia Criadora Universal. ELE habita em nós e somos seu templo! Apesar disto tudo, parece ser mais fácil dizer ao ente próximo que confiamos nele do que olhar para dentro de nós, enxergar a Divindade que existe lá dentro e dizer: "Meu DEUS, à Ti entrego minha vida, pois confio plenamente em Ti, meu Criador!".

Em Mateus, capítulo 6, versículo 25-26 está escrito:
 "...25Portanto, vos afirmo: não andeis preocupados com a vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas? 26Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Não tendes vós muito mais valor do que as aves?..."

Meus queridos, o trecho acima é apenas uma pequena demonstração (sem tirar o brilho destas palavras) do amor de DEUS e da confiança que devemos ter para com ELE. Decerto que devemos, pela inteligência que nos fora dada pelo nosso Criador, agir com prudência e sabedoria. Todavia, acreditemos no Senhor! Ele nos proverá, desde que andemos em consonância com as Leis Divinas. Nossos problemas tenderão a piorar, dependendo do ponto de vista que usarmos. A fé e a esperança nos farão atravessar as fases mais problemáticas com alegria, pela convicção de que DEUS estará conosco em nossas caminhadas. Os problemas nos fazem crescer moralmente, emocionalmente e espiritualmente e, crescimento é progresso, e progresso é uma coisa boa. Então, busquemos enxergar nossa vida sem dramas, mas com confiança. Somos seres espiritualizados e precisamos ter em mente que o único responsável por nossos conflitos somos nós mesmos.

Portanto, andemos direito para termos o direito e a graça de sermos carregados pelo Grandioso PAI, e digamos à ELE: PAI, precisamos de Ti e Te amamos!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

sábado, 4 de abril de 2015

Malhar o Judas... Por que?

Ontem foi Sexta Feira da Paixão e hoje, naturalmente, é Sábado de Aleluia, dia de malhar o Judas. Mas, por que malhar o Judas????
Já se havia dito no Antigo Testamento que o Filho de DEUS viria à Terra, nascido de uma virgem, falaria do amor entre os homens, proclamaria a  adoração de um único DEUS, seria tentado, padeceria na cruz e retornaria ao terceiro dia consagrando a vida eterna. Estava tudo já desenhado. O que então se precisava era criar o ambiente e as condições necessárias para que tudo acontecesse...
Olhando assim, desta forma, Judas fora apenas um instrumento que, pela bondade de nosso Irmão Jesus e pelo que precisava ocorrer, foi perdoado por sua própria vítima (nada mais coerente, haja vista que o Cristo apenas deu exemplo prático para seus Discípulos e para o resto da humanidade daquilo que ele ensinava).
Judas foi traído pela sua incapacidade de perceber os ensinamentos do Mestre, por não compreender a "inércia" de Jesus diante dos desmandos do governo daquela época e dos ataques e ameaças contra próprio Filho do Homem. Mas, ainda assim, repito, tudo já estava devidamente "protocolado"!
Então, pergunto de novo: por que malhar o Judas?
Se as coisas precisam ocorrer por algum motivo, se por força da Lei de Causas e Efeitos, ou da Lei de Progresso, ou se pela Lei de Necessidades, ou por qualquer outro motivo, tudo precisa de um agente para sua realização e das condições para que aconteçam. Bom, se somos agentes utilizados pelas Leis Divinas para auxiliar na realização das obras, somos culpados por isto? NÃO!! Somos culpados pela incapacidade de compreender estas coisas e por querer atribuir culpas aos outros, por julgá-los e os querer malhar!
Então, para os agentes da Lei, o perdão!
Para os vitimados pela Lei, a compreensão e a sua auto restauração.
Para os que apenas observam as execuções impostas pelas Leis, o ensinamento.
Sigamos portanto, os vários exemplos expostos pela história para a Semana Santa: perdoar sempre, pedir esclarecimentos para as coisas que nos parecem absurdas e longe de nossa compreensão e nunca, nunca julgar o outro. Afinal, nada é tão simples que mereça apenas uma explicação!
Sigamos, pois, em paz conosco e com o próximo, buscando inspirações em DEUS, nossa Fonte Criadora.
Excelente Páscoa!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Como ser melhor?

Nesta semana, postei sobre um estudo que fizemos em casa e que falava sobre a evolução moral e espiritual.
Pois bem, uma das grandes sacadas que tive ocorreu há mais ou menos seis anos...
Meu filhote teve problemas no parto e fomos orientados a procurar uma série de especialistas para verificar seu estado físico e mental. Depois de várias e várias consultas, um neurologista emitiu um parecer: nosso filho sofreu de falta de oxigenação no cérebro, o que levou a uma Paralisia Cerebral leve, de certa forma, já que seu dano fora motor e a cognição dele havia sido preservada.
Até os três anos de idade, toda locomoção dele se dava de joelhos: jogava bola, cantava, pulava... Tudo de joelhos.
Naqueles tempos, eu todo impaciente e apressado com tudo, tive que começar a mudar de comportamento. Junto com minha esposa, iniciamos o tratamento para a reabilitação de nosso filho. Após várias experiências frustrantes em  diversas clínicas e termos passados por vários profissionais, depois de três anos, nosso filho iniciou seu tratamento no Instituto Baiano de Reabilitação onde, já na primeira consulta com o ortopedista, fomos sugestionados pelo médico a submeter nosso filho a uma cirurgia de alongamento de tendões nas duas pernas. Esta operação fez meu garoto ficar em pé e, com o auxílio da equipe de fisioterapeutas, dar os primeiros passos com seu andador.
Alguém consegue imaginar o que é esperar quase quatro anos para ver seu filho andar? Pois é. Esta foi a primeira grande mudança: paciência.
Logo depois, mais uma. Minha intolerância e irritabilidade para quando as coisas não saíam como eu queria ou no momento por mim esperado, fazia meu filho afirmar que eu, quando ficava com raiva, virava o HULK! No início, me aborrecia ainda mais. Depois passei a achar graça. Imaginem eu me transformando naquele bicho horrível, verde e extremamente embrutecido...!
Então, instigado por minha esposa (ela é psicóloga) e por estas observações que fui fazendo, comecei a avaliar-me e pensava: "Como posso permitir que meu filho, que tanto precisa de minha ajuda para coisas tão simples como tirar a roupa, alimentar-se e andar, me veja irritado, com aspecto tão transtornado ao ponto de ser comparado ao Incrível Hulk?"
Iniciei meu, talvez, mais importante processo de mudança, ao ponto de hoje ele, meu filho, mencionar  "quando você se transformava no Hulk, né pai?".
Claro que hoje ainda estou longe de ser um pai e um marido exemplar, tampouco anjo, mas acredito que estou um pouquinho melhor do era. Continuo exercitando minha paciência e tolerância, acreditando que a forma mais eficiente é pensar que:
  1. Não devo nem posso esperar nada de ninguém. Ao contrário, devo eu oferecer o melhor de mim. Se cada um fizer isto, nós também só receberemos coisas boas.
  2. Cada um tem seu próprio tempo para suas realizações. Não adianta querer que as coisas aconteçam no nosso momento, já que somente colheremos da nossa semeadura na época certa.
  3. O melhor é ser verdadeiro consigo e com os outros.
  4. Nós não nos cansamos. Os irmãos que, forçosamente, trabalharam no período escravocrata e viveram nas senzalas, estes sim se cansaram! Todavia, importante se faz um tempo de repouso para reabastecermos nossas alma e corpo com a energia necessária para o próximo dia.
Então, convem dar sempre uma olhadinha ao redor a fim de verificar se não há alguma coisa acontecendo em que precisemos dar atenção.
Acredite que sempre há melhorias esperando por nós para acontecer.


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

terça-feira, 31 de março de 2015

Progresso contínuo.

Hoje, realizando o Evangelho no Lar juntamente com meu filho de quase nove anos e minha esposa, fizemos uma leitura do livro VERDADES QUE NOS FORAM OCULTADAS, do irmão Pedra Roxa, que tratava do progresso moral e espiritual de forma contínua, mesmo que realizado de forma desproposital.
Somos seres em eterna evolução e "caminhando" sempre para cima. Desta forma, cabe a qualquer um, conhecedor ou não das Leis Divinas, estudioso delas ou não, promover o bem para o próximo e, por conseguinte, para si.
A maioria de nós só consegue absorver algum tipo de aprendizado moral ou espiritual através do mecanismo da dor. A despeito da vasta literatura e do enorme esforço desprendido pelos irmãos em Cristo para nos fazer internalizar os ensinamentos do Grande Mentor e Irmão, parece que o efeito é maior quando sentido na pele (ou na alma). Muitos outros, apesar do sofrimento provocado por uma ou outra dificuldade, não conseguem entender o porque de tamanho fardo. Todavia, anos mais tarde, mais amadurecidos pelas sucessivas experiências, olham para trás e afirmam que teriam feito de outra maneira. Isto quer dizer que, daquele momento terrível pelo que passaram,  algum aprendizado ficou.
Há outros que sequer acreditam na possibilidade de uma interferência Divina em suas vidas. Assim, ou querem tirar proveito em tudo e sobre todos, ou apenas levam suas atuais vidas tratando os semelhantes como a si próprio. Para os primeiros, em algum momento lhes serão cobrados pelas suas ações (Lei de Causas e Efeitos). Os segundos iniciam o despertar, inconsciente, da Centelha Divina latente em todo ser. Em ambos os casos, mantem-se a idéia do processo evolutivo contínuo, tal como mencionado na Lei de Progresso.
Resta, portanto, aqueles que, de alguma forma, sejam quais forem suas orientações religiosas, buscam adotar uma postura moralmente e espiritualmente digna, baseada nos ensinamentos de seus credos. De regra, são pessoas que praticam a verdadeira caridade; andam em paz consigo e com os demais entes; absorvem algum conhecimento espiritual e moral em suas vivências e, na medida em que podem, repassam estes ensinamentos que podem aliviar a dor alheia.
Para aqueles que perguntam "qual a minha missão?", eu vos respondo que não há missão! Ah?!?! ... É isto mesmo!! Mas, se querem ter uma missão, vamos lá... Façam o bem! Utilizem de amor para com todos. Ame, porque tudo se resume no amor à DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Desta forma, aprendi que este jogo, o da evolução, nós não perderemos!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Há alguns dias, venho pensando em retomar as postagens neste blog. Fazer algumas mudanças; mudar o lay out da página; escrever coisas que possam, também, trazer algum tipo de reflexão, sem com isto querer parecer um filósofo ou doutor de qualquer ciência. Apenas coisas com as quais costumo pensar.
Tentarei, juro que tentarei, não me meter a escrever sobre política. No mais, vai valer de tudo!! Poderei contar piada, escrever poemas, falar sobre minha vida, sobre espiritualidade. Até pensei em relatar e transcrever, neste espaço, as mensagens que, mui respeitosamente, recebo de alguns irmãos, deste e de outros planos... Quem sabe? Posso apenas afirmar que as mudanças já começaram: o nome do blog passou a ser "Jáber em boas companhias". Só quero, agora, dar gás em algo que me traga prazer e, como gosto de escrever (e me lamentar, às vezes), acho que será uma boa terapia. Um feliz retorno pra mim!!!

Causas primárias

  Quem somos? Pra que viemos? Se nada é nosso, o que temos? Vida, vida longa e eterna. De que nós somos feitos, Se quando estamos no leito, ...